Minha intenção neste breve artigo é esclarecer como eu entendo e utilizo este recurso no meu trabalho. Acredito que a palavra “regressão” gera confusão e dúvidas quanto à validade desse processo. Obviamente é impossível alguém viajar no tempo cronológico. Outro termo que considero mal empregado é “regressão de memória” – enfim, regressão não existe e no trabalho que leva este nome não se trata absolutamente de levar o indivíduo ao passado mas, como disse uma vez Morris Netherton, um dos pioneiros nessa técnica, sim, tirá-lo de lá. O que significa tirar alguém do passado? Supõe-se que esse passado existiu mas, se de alguma forma ele afeta o presente do indivíduo, concluímos que esse “passado” está aqui e agora, no “presente” e na realidade não são os fatos mas sim as reações emocionais (fisiológicas) produzidas por ele, impedindo o indivíduo de se sentir livre para viver o “presente”. Isso quer dizer que não se trata de esquecer os acontecimentos “passados”, mas sim de eliminar a força com que eles contaminam a capacidade do indivíduo viver plenamente. Mas estou falando de tempos de verbo passado, presente e posso incluir também o tempo futuro como se fossem elementos distantes.
Vamos aproveitar os preciosos esclarecimentos que a Física Quântica traz:
TUDO O QUE ACONTECE ESTÁ PRESENTE NO AGORA – não existe antes nem depois.
Gosto de dizer que o “tempo” é uma escala graduada que está aqui e agora e no meio dessa escala é o ponto zero, que entendemos como PRESENTE; recuando para o lado esquerdo estamos vendo AGORA o que entendemos como PASSADO e avançando para a direita divisamos o que entendemos como FUTURO. Podemos ainda comparar com uma tela pintada AGORA do lado esquerdo enquanto estamos agora pintando o PRESENTE e esboçando o FUTURO.